

148 freguesias apuradas
Inscritos: 424.766
Votantes: 207.873
Votantes
48,94%
Cavaco Silva
61,64%
118.748 votos
Manuel Alegre
14,58%
28.095 votos
Fernando Nobre
14,46%
27.855 votos
Francisco Lopes
4,69%
9.040 votos
José Coelho
3,44%
6.632 votos
Defensor Moura
1,18%
2.266 votos
Em branco
5,23%
10.876 votos
Nulos
2,1%
4.361 votos

"É um resultado muito bom, sobretudo para uma candidatura independente dos partidos. Melhor fora se tivessemos ganho, ou se tivessemos ido à segunda volta. Mas o que importa foi que apresentámos ideias válidas e as pessoas perceberam isso. Eu, como médico, nunca tinha visto tanta gente a dirigir-se assim, à procura de uma solução para os problemas. Foi uma experiência muito enriquecedora."
"Este resultado não é inesperado. Sabemos de que distrito estamos a falar, em que o espectro direita continua a funcionar para o eleitorado. Ainda assim, o nosso candidato posicionou-se como foi possível. Quanto à Marinha Grande, a votação espelha um concelho ainda fiel às convicções da classe operária".
"Quer a nível nacional, quer a nível distrital este resultado não é nenhuma surpresa. Era expectável. A surpresa que vejo aqui é a votação no dr. Fernando Nobre, o facto de ele ter sido o nº 2. Mas é uma surpresa só por ter ultrapassado a votação de Manuel Alegre, porque ele fez uma campanha interessante. Se tivesse mais tempo, provavelmente maior seria o resultado”.


Faltam apurar seis freguesias no concelho de Leiria, onde Cavaco Silva recolhe para já 71,39% dos votos do eleitorado. Fernando Nobre sucede entre as preferências com 12, 66%.
António José Laranjeira – Só agora posso juntar-me aos colegas comentadores (coisas da técnica...), que começo por saudar, manifestando a minha satisfação por tão ilustre companhia.
O primeiro comentário vai para a campanha: foi, de facto, má, como o Francisco e o João já disseram. Claro que as responsabilidades são repartidas por todos os candidatos, mas entendo que quanto maior a responsabilidade política, maior o dever de elevar o nível da campanha, logo, o nível da política. Assim, claro que Cavaco Silva e Manuel Alegre são os maiores responsáveis pela tristeza a que assistimos, devido à sua superior responsabilidade histórica e ao seu passado na democracia portuguesa.
A segunda referência vai para a abstenção, que não se deve diabolizar. Claro que é um sintoma de que algo vai mal, mas enquanto tal é um indicador muitíssimo importante. Se as pessoas maioritariamente não vão votar, se deixam que os outros decidam por si, claro que a democracia está com um problema. Mas acho que o problema é estrutural e não se resolve facilmente, por muito que nos custe. De qualquer modo, e como nota o Francisco, a abstenção estará ao nível da reeleição de Jorge Sampaio. Ou seja, há dez anos já tinhamos um problema, que se mantém. Pelo menos não se terá agravado, vamos aguardar as primeiras projecções.


