domingo, 23 de janeiro de 2011

As "minhas" eleições

João Melo Alvim - Antes de mais, o obrigado pelo convite para uma noite eleitoral diferente, participando com dois ilustres comentadores na difícil missão de comentar uma das campanhas mais inócuas mas nem por isso menos estranhas dos últimos anos.

Fiz a minha primeira campanha em 1991 e votei pela primeira vez em 1995. 20 anos depois comento eleições sem qualquer veste ou simpatia partidária. Estas são as segundas eleições em que optei por não escolher candidato (as primeiras foram exactamente as Presidenciais de 2006). O meu desencanto com o sistema semi-presidencialista e, na altura, com as opções da minha área política, explicaram o meu "afastamento". Hoje, 5 anos depois, torna-se claro que nem o recandidato desempenhou nas condições que entendo aceitáveis o cargo, nem quem se propõe ocupar mostrou que seria uma mais-valia. Para mais, depois da inenarrável pré-campanha e campanha, torna-se clara uma degradação da qualidade da actuação política, ainda para mais numa altura em que o país vive um momento em que necessita de líderes, transparência e responsabilização, para enfrentar as dificuldades em que o país está imerso, entendendo que nenhum dos candidatos merece a minha confiança, por não acreditar que possam, dentro do quadro de poderes que lhes é atribuído, fazer a diferença.

Espero por isso que estes resultados transmitam, de forma clara, a políticos e cidadãos, que é necessária uma regeneração profunda na nossa Democracia.

Vamos então ao comentário (enquanto larva já uma polémica desnecessária com os procedimentos de votação)...

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