domingo, 23 de janeiro de 2011

A primeira reflexão

Francisco Figueiredo – Há uma primeira reflexão a fazer sobre esta campanha e esta eleição presidencial: que forma de Democracia estamos a construir (ou deixar construir)?
Com uma taxa de abstenção tão elevada, o que nos estão a dizer os eleitores? Que não gostam de nenhum dos candidatos? Que não gostaram da forma como a campanha se desenrolou? Que não acreditam nesta forma de representação? Que não atribuem importância à Presidência da República?
É impossível, em cima da hora, tirar qualquer conclusão sustentável, mas penso que a situação deve fazer pensar todos os protagonistas (em boa verdade, deve fazer-nos pensar a todos).
Podemos esconder o problema seguindo o exemplo de voto (quase) obrigatório do Brasil. Mas isso não resolve o fundo da questão.
A reflexão e o debate em torno da falta de participação mínima dos eleitores na escolha dos caminhos da sua sociedade deve começar desde já. E deve evitar a tentação de passar culpas para os outros (sejam eles quem forem). Todos os protagonistas (mais ou menos activos, mais ou menos passivos) têm algum grau de responsabilidade.
Todos nós devemos ser parte da solução.

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